segunda-feira, 8 de julho de 2013

Irmandade Muçulma pede levante antigolpe no Egito

A Irmandade Muçulmana, afastada do poder pelo golpe de quarta-feira passada contra o primeiro presidente eleito da História do Egito, Mohamed Mursi, convocou a população hoje para um levante popular contra o governo imposto pelas Forças Armadas.

Durante a madrugada, as forças de segurança atiraram contra uma multidão de manifestantes islamitas, matando pelo menos 51 pessoas e ferindo outras 435, noticia o sítio Jeune Afrique. Em nota oficial, os militares acusaram "terroristas armados" de atacar a sede da Guarda Presidencial, onde Mursi estaria preso.

Ao apresentar suas "condolências" ao povo egípcio, o Exército advertiu: "Não permitiremos nenhuma ameaça contra a segurança nacional do Egito quaisquer que sejam as circunstâncias", declarou o porta-voz militar Ahmed Ali.

A sede do Partido da Liberdade e Justiça, da Irmandade, foi fechada pela polícia, que alega ter encontrado armas de fogo, facas e líquidos inflamáveis no prédio.

Diante do aumento da violência, o partido salafista Nour abandonou as negociações com o governo para participar do processo político pós-golpe.

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