sábado, 13 de julho de 2013

Carnê de racionamento faz 50 anos em Cuba

Ele foi criado em março de 1962, sob o impacto do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos no mês anterior em retaliação contra a declaração do caráter socialista da Revolução Cubana e a desapropriação de propriedades de americanos. Em 12 de julho de 2013, completou 50 anos.

O governo o chama de "carnê de fornecimento". Para o povo, é "carnê de racionamento" ou simplesmente libreta, caderneta em espanhol.

Cada cidadão cubano tem direito por mês a 3,15 quilos de arroz, meia garrafa de óleo de cozinha, pão suficiente para um sanduíche por dia e pequenas quantidades de ovos, feijão, carne de frango ou porco, massa, açúcares branco e mascavo, e gás de cozinha.

Na prática, a libreta virou um símbolo do fracasso do regime socialista liderado pelos irmãos Fidel e Raúl Castro. A agricultura estatizada não consegue produzir alimento suficiente para sua população de 11 milhões de habitantes, apesar das boas condições de clima e solo.

Para os defensores do regime comunista cubano, a culpa é do embargo, que Fidel chama de "bloqueio", embora isso sugira a presença de uma força naval inimiga cercando a ilha, como aconteceu durante a crise gerada pela tentativa de instalar mísseis soviéticos em Cuba, também em 1962, no momento mais perigoso da Guerra Fria. Nunca o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear.

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