quarta-feira, 29 de maio de 2013

Suíça abre sigilo bancário à receita federal dos EUA

Em um passo para acabar com o sigilo bancário em vigor no país desde 1934, a Suíça fez um acordo com os Estados Unidos para que o Departamento da Justiça obtenha informações junto aos bancos suíços sobre pessoas com domicílio fiscal nos EUA suspeitas de sonegar impostos.

A proposta de acordo será submetida ao Parlamento neste ano, anunciou o Ministério das Finanças da Suíça.

O sigilo bancário foi introduzido em 1934 para proteger ativos ameaçados pelos Estados ameaçadores surgidos do comunismo, do fascismo e do nazismo.

Até os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, jornais conservadores americanos como The Wall St. Journal, porta-voz informal do centro financeiro de Nova York, defendiam os paraísos fiscais em nome da "privacidade financeira". Na guerra contra o terrorismo, ficou evidente a necessidade de combatê-los porque são os condutos por onde passa o dinheiro do crime e do terror.

Com a crise financeira internacional de 2008, entre as propostas discutidas pelo Grupo dos Vinte (19 países mais ricos do mundo e a União Europeia) para estabilizar o sistema financeiro internacional estava o fim dos paraísos fiscais. Quando a economia se recuperou, as reformas perderam o ímpeto. Mas a pressão para acabar com os paraísos fiscais está no ar. E a Suíça é o país-chave.

Se as autoridades dos EUA obtiveram um acordo, ameaçando impedir a participação dos bancos que não cooperassem no seu mercado financeiro, a União Europeia deve seguir o exemplo.

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