sexta-feira, 15 de março de 2013

Guerra do Iraque pode custar US$ 6 trilhões aos EUA

A invasão do Iraque há 10 anos pelo governo George W. Bush matou pelo menos 134 mil civis iraquianos e já custou US$ 1,7 trilhão aos Estados Unidos. Nas próximas quatro décadas, computando-se os juros pagos sobre a dívida e as pensões e benefícios para veteranos de guerra, esse total pode subir para US$ 6 trilhões, afirma um estudo divulgado hoje.

Com os membros das forças de segurança, insurgentes, jornalistas e trabalhadores de agências humanitárias, o total de mortos sobe para algo entre 176 mil e 189 mil pessoas. Se forem incluídas as mortes por doenças, epidemias e a onda de violência e criminalidade deflagradas pelo colapso do Estado iraquiano, o total pode chegar a 600 mil, estima o Projeto Custos da Guerra do Instituto Watson para Estudos Internacionais da Universidade de Brown, nos EUA.

O custo, somando-se as guerras no Afeganistão e no Paquistão, cresce para US$ 4 trilhões e o total de mortos para 272 mil a 329 mil. Só os juros sobre as dívidas contraídas para invadir o Iraque podem chegar a US$ 4 bilhões nos próximos 40 anos.

Dos US$ 212 bilhões investidos na fracassada reconstrução do Iraque, mais da metade foi gasta em segurança ou se perdeu em fraude e desperdício.

Outra conclusão é que os EUA ganharam muito pouco com a Guerra do Iraque. O conflito fortaleceu os extremistas muçulmanos no Oriente Médio, levou a retrocessos nos direitos das mulheres e enfraqueceu um sistema de saúde que já era precário.

As supostas armas de destruição em massa do ditador Saddam Hussein, desculpa usada por Bush para justificar a invasão, nunca foram encontradas. Simplesmente, não existiam, lembrou hoje o jornal digital americano The Huffington Post.

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