quarta-feira, 27 de março de 2013

BRICS criam fundo de emergência contra crises

No primeiro resultado concreto desde sua associação, em 2006, o fórum de grandes países emergentes chamado de BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) decidiu em reunião de cúpula realizada em Duban, na África do Sul, criar um fundo de emergência de US$ 100 bilhões para situações de crise alternativo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dominado pelos Estados Unidos e a Europa.

A China, o mais rico dos BRICS, contribuirá com US$ 41 bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia com US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul, prima pobre que entrou pela janela num agrado à África, com apenas US$ 5 bilhões.

Outra proposta, de criação de um banco de desenvolvimento, foi acertada, mas não há prazo para sua criação. A questão será examinada em detalhes pelos países.

O grupo surgiu de um relatório interno do banco de investimentos Goldman Sachs, um dos vilões da crise financeira internacional de 2008. Em 2001, o economista britânico Jim O'Neill previu que quatro grandes países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) seriam os maiores responsáveis pelo crescimento da economia mundial até 2050, quando seriam grandes potências ao lado dos EUA, da Europa e do Japão.

Em inglês, brick quer dizer tijolo. Os BRICs seriam os tijolos da construção da economia mundial do século 21. A África do Sul entrou para dar uma satisfação à África, que se considera vítima do neocolonialismo chinês. Pelo critério de potencial de crescimento, o quinto bric deveria ser a Indonésia.

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