terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Justiça manda prender primeiro-ministro do Paquistão

A Suprema Corte do Paquistão mandou prender hoje o primeiro-ministro Raja Pervez Ashraf, acusado num escândalo de corrupção. Do lado de fora do Parlamento, o pregador convertido em político Muhammad Tahir-ul Kadri, discursou para uma multidão pedindo a queda do governo.

"Vitória! Vitória! Pela graça de Deus", bradava Kadri, conta o jornal The New York Times.

Nesta terça-feira, a Suprema Corte mandou o Escritório Nacional de Contas, encarregado de investigar casos de corrupção, prender Ashraf e outros 15 altos funcionários, inclusive um ex-ministro das Finanças e um ex-secretário de Finanças.

Ashraf é acusado de receber milhões de dólares de propina pela construção de duas hidrelétricas quando era ministro das Águas e Energia, de março de 2008 a fevereiro de 2011. Como o caso corre há um ano, a prisão neste momento era inesperada.

O Paquistão, hoje com 180 milhões de habitantes, é um país muçulmano nascido da independência da Índia do Império Britânico e de sua subsequente divisão, em 1947. Pelo menos 2 milhões de pessoas morreram na divisão. Desde então, Índia e Paquistão travaram três guerras entre si e desenvolveram armas nucleares. Ainda são inimigos.

Enquanto a Índia é um país democrático desde a fundação, o Paquistão é visto como um Estado fracassado, governado por ditaduras militares durante metade de sua história independente e por políticos corruptos no resto do tempo.

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