quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Setor privado tem saldo de 118 mil empregos nos EUA

As empresas privadas dos Estados Unidos criaram 118 mil empregos a mais do que fecharam no mês de novembro de 2012, estimou hoje a empresa de consultoria e recursos humanos ADP, maior processadora de folhas de pagamento do país. É um pouco menos do que os 125 mil esperados, em média, pelos economistas.

Apesar da taxa de crescimento dos EUA no terceiro trimestre ter sido revisada para 2,7% ao ano, o Instituto de Pesquisa dos Ciclos Econômicos (ECRI, do inglês) acredita que a maior economia do mundo voltou à recessão, com quedas na produção, no consumo e na renda. O emprego seria o único indicar importante ainda em alta.

Com o desentendimento entre Casa Branca e o Congresso sobre os cortes orçamentários necessários para reduzir o trilionário déficit público federal, os EUA correm risco de cair no chamado "abismo fiscal". É uma mistura de fim dos cortes de impostos do governo George W. Bush (2001-9) com reduções obrigatórias nas despesas governamentais capaz de tirar US$ 600 bilhões de circulação.

Ontem, o presidente Barack Obama rejeitou a contraproposta do Partido Republicano, apresentada pelo presidente da Câmara, deputado John Boehner. Obama insiste em aumentar os impostos para os ricos, deixando expirar os cortes da era Bush, mas quer poupar a classe média.

Se os EUA caíram no "abismo fiscal" daqui a 27 dias, não será o fim do mundo, mas o declínio observado pelo ECRI vai se acentuar. A volta da recessão será inevitável.

A boa nova para Obama é que as pesquisas indicam que a maioria do eleitorado culpa a oposição republicana pelo impasse. A maioria não vê problemas em aumentar impostos para os ricos. Os republicanos alegam que os ricos são "criadores de empregos". Se tiverem de pagar mais impostos, a economia perderia.

O otimismo de Obama não se justifica.

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