quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Economia dos EUA cresce em ritmo de 2,7% ao ano

A maior economia do mundo cresceu no terceiro trimestre de 2012 muito mais do que estimado inicialmente. De julho a setembro, os Estados Unidos avançaram num ritmo de expansão de 2,7% ao ano, informou hoje o Departamento do Comércio, revisando o cálculo anterior, que ficara em 2% ao ano.

É a maior taxa de crescimento desde os 4,1% ao ano do fim do ano passado. No segundo trimestre deste ano, a alta foi de 1,3% ao ano.

O mercado imobiliário está em expansão, as exportações aumentaram e as importações diminuíram, mas o consumo pessoal, responsável por dois terços do produto interno bruto dos EUA ainda não recuperou o vigor anterior à crise. Cresceu apenas 1,4%. Os consumidores ainda têm muitas dívidas a pagar e medo de perder o emprego.

Na semana passada, o número de novos pedidos de seguro-desemprego caiu em 23 mil para 393 mil, revelou o Departamento do Trabalho

Neste fim de ano, as obras de reconstrução depois do furacão Sandy devem dar um impulso extra. Outra questão importante é o chamado "abismo fiscal". Os gastos públicos federais subiram 9% no trimestre passado e foram decisivos para a alta mais forte do PIB, a soma de todas as riquezas que um país produz menos as importações.

Se o presidente Barack Obama e a oposição republicana não chegarem a um acordo, o fim das reduções de impostos da era Bush jr. (2001-9) e a entrada em vigor automaticamente de cortes de despesas governamentais ameaçam tirar US$ 600 bilhões de circulação e levar os EUA de volta à recessão. O país cairia num abismo fiscal.

Para o Instituto de Pesquisa de Ciclos Econômicos, que determina oficialmente quando o país está em recessão, a economia já está em declínio, com quedas na produção, nas vendas e no investimento. O único indicador importante ainda em alta seria o emprego.

Os economistas já projetam crescimento anualizado de apenas 1% neste fim de ano nos EUA, reporta o jornal The New York Times. A expectativa é que a Reserva Federal, o banco central do país, mantenha em 2013 seu programa de compra de títulos para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e assim estimular a economia.

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