sábado, 6 de outubro de 2012

Latinos da Flórida preferem Obama por 61% a 31%

A atitude complacente e distante do presidente Barack Obama no primeiro debate da eleição presidencial nos Estados Unidos pode ser explicado pelo fato dele viver dentro de uma bolha, a Casa Branca. Mas, se depender dos eleitores de origem latina num estado decisivo como a Flórida, o presidente está reeleito.

No poder, o presidente está cercado de áulicos e assessores que o protegem de questionamentos mais duros da imprensa. Raramente ele enfrenta diretamente as críticas tanto de setores descontentes de seu próprio partido, o democrata, e menos ainda da oposição republicana, comenta Lesley Clark, da companhia jornalística americana McClatchy Newspapers, editora do jornal The Miami Herald.

Por outro lado, na Flórida, os eleitores de origem latino-americana ou hispânicos, como são chamados nos EUA, tendem a votar no presidente numa proporção de dois para um. A maioria apoia suas políticas sobre imigração e está entusiasmada para votar, o que é importante num país onde o voto não é obrigatório, indica uma pesquisa feita pelo grupo Decisões Latinas por uma Voz na América.

"Os latinos estão mais envolvidos na questão da imigração, independentemente de onde vivam no país", comentou o cientista político Casey Klofstad, professor da Universidade de Miami que pesquisa o voto hispânico, sugerindo que este seja um padrão nacional.

Obama perde para o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, candidato do Partido Republicano,  entre os homens brancos, mas vence entre as mulheres e todas as minorias raciais. O conservadorismo americano é majoritariamente o reduto dos brancos de olhos azuis. A mudança demográfica favorece o Partido Democrata.

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