terça-feira, 11 de setembro de 2012

Netanyahu desafia Obama e ameaça o Irã

Em mais um lance de seu duelo nuclear com o Irã, o primeiro-ministro linha dura israelense, Benjamin Netanyahu, declarou hoje que "aqueles que se negam a colocar uma linha vermelha para o Irã não tem o direito moral de colocar um sinal vermelho diante de Israel".

Ao mesmo tempo, o chefe de governo de Israel pressiona os Estados Unidos a dar um ultimato ao Irã, fixando um prazo para a república islâmica parar de enriquecer urânio, e ameaça bombardear as instalações nucleares iranianas mesmo sem o aval da Casa Branca.

Uma guerra de Israel para tentar neutralizar o programa nuclear é hoje a maior ameaça à segurança internacional. Como os EUA têm um "compromisso inquebrantável", nas palavras de Obama, com a segurança de Israel, o direitista Netanyahu boicota sistematicamente as políticas do atual presidente americano para a paz no Oriente Médio na certeza de que tem o apoio irrestrito da direita conservadora americana.

A linha dura israelense considera o período pré-eleitoral nos EUA uma oportunidade única para atacar Israel porque nenhum presidente americano teria condições de negar apoio incondicional. Obama é contra um ataque, mas até agora sua estratégia de negociação não deu o menor resultado.

"A comunidade internacional insiste para Israel esperar", afirmou Netanyahu. "Mas esperar o quê? Até quando?", desafiou

O governo Obama rejeitou um pedido de audiência de Netanyahu no fim deste mês, quando ele for aos EUA para participar da reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. A situação ficou tão tensa -  e está sendo explorada pela candidatura Mitt Romney - que Obama ligou para Netanyahu e falou com o líder israelense durante meia hora, informa o jornal The New York Times.

Na conversa, os dois líderes concordaram em sua determinação de impedir que o Irã tenha a bomba atômica.

O regime teocrático iraniano afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos e visa exclusivamente à produção de energia, mas os EUA, a Europa e Israel temem que esteja desenvolvendo armas atômicas.

Várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas impuseram sanções ao Irã. Nesta semana, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu mais uma vez acesso irrestrito a instalações militares iranianas.

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