quarta-feira, 13 de junho de 2012

Companheira ataca ex-mulher do presidente da França

O presidente François Hollande se elegeu prometendo tirar a vida privada do chefe de Estado da política na França, mas suas mulheres provocam a primeira crise do novo governo. Sua companheira , Valérie Trierweiler, anunciou no Twitter apoio a Olivier Falorni, um dissidente do Partido Socialista que disputa neste domingo o segundo turno das eleições para a Assembleia Nacional da França contra sua ex-mulher.

Hoje o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault declarou que Valérie deve manter uma "postura discreta".

Ségolène Royal, a candidata socialista derrotada por Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de 2005, foi companheira de Hollande durante anos. O casal teve três filhos.

Valérie Trierweiler é uma jornalista de revista Paris Match. Para não abandonar a profissão e evitar conflitos de interesses, ela prometeu não escrever sobre política, mas não resistiu a uma picuinha contra a rival, desafiando a cúpula socialista e o próprio Hollande, que apoia Ségolène.

No Twitter, a atual mulher do presidente disse: "A melhor sorte para Olivier Falorni, um candidato de valor que merece ser eleito pelo que fez pelo povo de La Rochelle".

Em entrevista à TV France 3, Ségolène se recusou a responder diretamente à provocação, mas reclamou dos ataques "pessoais" e "depreciativos": "Nesta campanha, jamais farei ataques pessoais", declarou a ex-Madame Hollande, citada pelo jornal Le Monde. "Minha responsabilidade é elevar o nível do debate".

As pesquisas preveem uma vitória esmagadora para Falorni. Mas também é evidente que Valérie não entendeu seu lugar na política francesa. Ela não pode ter um escritório no Palácio do Eliseu com equipe própria paga pelo governo, circular como primeira dama e trabalhar como jornalista. Para quem falou que não queria aparecer, já apareceu demais.

Quando casou com a modelo, atriz e cantora Carla Bruni, o ex-presidente Nicolas Sarkozy colocou sua vida privada no centro da política francesa. Era um casal da era do espetáculo. O Partido Socialista criticava muito aquela exposição pública da intimidade do primeiro casal.

Durante a campanha eleitoral, François Hollande prometeu ser um presidente "normal". O tuitaço de Valérie foi constrangedor para o parceiro.

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