quarta-feira, 30 de maio de 2012

Justiça britânica confirma extradição de Assange

O supremo tribunal do Reino Unido rejeitou hoje um pedido da defesa do australiano Julian Assange, fundador do sítio WikiLeaks, que revela documento secretos de governos e empresas, para impedir sua extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Mas deu mais uma chance para que ele possa apelar.

Assange está há um ano e meio sob prisão domiciliar. Resiste a uma ordem de prisão europeia, um instrumento usado na União Europeia sob o pressuposto de que todo mundo terá direito a um julgamento justo em qualquer país do bloco europeu.

A defesa teme que da Suécia ele seja enviado para os Estados Unidos, onde é procurado por ter revelado mais de 250 mil documentos sigilosos do Departamento de Estado.

Na Suprema Corte britânica, Assange perdeu por 5 a 2. Numa decisão rara, o tribunal aceitou mais um recurso.

Os advogados de defesa contestam a decisão por os juízes consideraram um promotor público como "autoridade judicial". Contestam a interpretação do tribunal sobre os tratados europeus. Alegam que só um juiz poderia emitir o mandato de prisão europeu, informa o jornal inglês The Guardian.

Se perder, Assange ainda pode recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos.

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