sexta-feira, 25 de maio de 2012

Senado dos EUA reduz ajuda ao Paquistão

Por causa da condenação a 33 anos de cadeia por alta traição de um médico que colaborou com a CIA (Agência Central de Inteligência) para localizar Ossama ben Laden, o Senado dos Estados Unidos reduziu em mais da metade a ajuda ao Paquistão pedida pelo governo Barack Obama.

Em vez dos US$ 2,2 bilhões pedidos pela Casa Branca, o Senado autorizou gastos de US$ 184 milhões para ações do Departamento de Estado no Paquistão e US$ 800 milhões de ajuda direta a Islamabade.

A invasão do Paquistão pelo comando de elite Seals, da Marinha dos EUA, para matar Ben Laden há um ano sem aviso prévio a Islamabade foi considerada uma violação de soberania inaceitável, azedando as relações entre os dois países.

Com a morte de 24 soldados do Exército paquistanês confundidos com terroristas num ataque errado dos EUA em novembro de 2011 e os constantes ataques a áreas tribais com aviões nao tripulados , a situação se deteriorou ainda mais.

O Paquistão foi um dos principais aliados dos EUA para canalizar a ajuda militar aos rebeldes muçulmanos que acabaram com a invasão da União Soviética ao Afeganistão nos anos 80. Dessa aliança, nasceu a rede terrorista Al Caeda, que espalhou o jihadismo pelo mundo, a noção de que todo muçulmano tem de se engajar numa guerra permanente contra os infiéis.

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