quinta-feira, 31 de maio de 2012

Inflação na Eurozona cai para 2,4% ao ano

O índice de crescimento de preços baixou de 2,6% para 2,4% ao ano em abril no conjunto dos 17 países da União Europeia que usam o euro como moeda, informou hoje a Eurostat, o escritório oficial de estatísticas do bloco. Ainda está abaixo da meta de inflação de 2% perseguida pelo Banco Central Europeu em situações normais.

Para combater a crise econômica, a taxa básica de juros do BCE está em 1% ao ano. A queda da inflação gerou expectativa de que o banco faça mais para ajudar seus países-membros.

O presidente do BCE, o italiano Mario Draghi, rejeitou hoje mais uma vez as pressões para que o banco seja mais ativo no combate à crise das dívidas públicas. Ele deixou claro que quem precisa fazer mais são as autoridades políticas da Europa.

A crise atual é considerada mais um problema de falta de liderança política. O problema se agravou com a eleição do socialista François Hollande para a Presidência da França, em 6 de maio. 

Hollande insiste na introdução de mecanismos para estimular o crescimento, enquanto a Alemanha defende uma disciplina orçamentária rigorosa para equilibrar as contas públicas. Essa divergência quanto ao caminho a seguir para superar a crise seria responsável pela alta nos juros exigidos pelo mercado para refinanciar a as dívidas públicas da Espanha e da Itália, duas economias grandes demais para terem suas dívidas resgatadas pela Zona do Euro.

Em uma severa advertência, o comissário europeu para Economia, Oli Rehn, alertou hoje que a Eurozona corre o risco de uma "desintegração" que levaria seus países a uma "depressão" econômica. Ele considerou contraproducente o debate atual entre austeridade e crescimento e propôs três ações contra a crise das dívidas públicas:
  1. Manter os programas de ajuste fiscal para cortar déficits e equilibrar orçamentos.
  2. Fazer reformas estruturais para aumentar a competitividade da economia europeia.
  3. Promover investimentos públicos e privados para retomar o crescimento.

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