sexta-feira, 30 de março de 2012

Mianmar realiza eleições históricas

As eleições do próximo domingo serão as terceiras nos últimos 50 anos em Mianmar, a antiga Birmânia, um país do Sudeste Asiático empobrecido desde que militares com uma vaga ideologia socialista tomaram o poder, em 1962.

Dezessete partidos disputam apenas 45 das 665 cadeiras do parlamento, mas a líder da oposição Aung San Suu Kyi, filha do herói da independência nacional e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 1991, pode conquistar seu primeiro mandato, depois de passar a maior parte dos últimos 20 anos em prisão domiciliar.

É um teste do compromisso dos militares com a democratização do país e um passo importante rumo à reconciliação nacional, observa a agência de notícias AP (Associated Press). Os militares prometem eleições realmente democráticas em 2015.

Em entrevista, Suu Kyi admitiu que "as eleições não serão genuinamente livres e limpas", mas disse que vai participar. "Embora a gente reconheça que existam irregularidades em eleições mesmo nas democracias consolidadas, o que vem acontecendo neste país vai realmente além do aceitável numa eleição democrática. Mesmo assim, estamos decididos a participar porque é isto que o povo quer".

Sua Liga Nacional pela Democracia tem como maior adversário o Partido da Solidariedade, do Desenvolvimento e da União, criado pelos militares, que não terá sua maioria parlamentar ameaçada.

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