quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Coreia do Norte inicia funeral de Kim Jong Il

Dezenas de milhares de pessoas enfrentam a neve neste momento nas ruas de Pionguiangue, a capital da Coreia do Norte. É o começo do funeral do ditador Kim Jong Il, exaltado pela propaganda oficial como "nosso general", "supremo comandante" e Querido Líder.

 Kim não foi nenhum herói. Era um playboy chegado a carros de luxo até ser designado sucessor do pai, o Grande Líder Kim Il Sung, fundador da Coreia do Norte, depois de lutar contra a ocupação japonesa, que no caso da Coreia começou em 1910 e só acabou com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

O enterro vai durar dois dias. Na finada União Soviética, o encarregado de organizar o funeral do líder falecido era o sucessor. Agora, é a vez Kim Jong Un, terceiro filho e sucessor escolhido pelo pai. Mas essa pantomima stalinista parece fora de propósito no século 21. Neste momento, mulheres militares choram convulsivamente.

Com apenas 28 anos, o jovem Kim é saudado como "líder do Estado, do Exército e do partido", reporta o jornal The New York Times. Para os analistas internacionais, o regime comunista norte-coreano precisa de um descendente de Kim Il Sung para manter alguma legitimidade.

A Coreia do Norte não convidou delegações estrangeiras. A Coreia do Sul foi representada pela viúva de Kim Dae Jung, o presidente já falecido que iniciou uma aproximação com o Norte. O governo chinês encarregou o embaixador em Pionguiangue, informa a rádio estatal dos Estados Unidos, a Voz da América.

Economicamente, a Coreia do Norte é hoje totalmente dependente da China, onde parte da velha guarda stalinista vê o país como uma espécie de Alemanha Oriental, temendo que o fim do comunismo lá acabe levando à queda do regime também em Beijim.

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