sábado, 17 de dezembro de 2011

Aniversário da revolta árabe tem mortes no Egito

Pelo menos dez pessoas foram mortas hoje no Egito em choques entre manifestantes e a polícia, no aniversário de um ano da tentativa de suicídio que deflagrou uma onda de revoluções democráticas no mundo árabe.

Em 17 de dezembro de 2010, o jovem profissional universitário desempregado Mohamed Bouazizi tentou se matar tocando fogo na própria roupa depois que a polícia aprendeu a banca de frutas e as mercadorias que vendia para tentar sobreviver, no interior da Tunísia. Quando ele morreu, em 4 de janeiro de 2011, a revolta explodiu.

Dez dias depois, caiu o ditador Zine ben Ali, no poder havia 23 anos. Um mês depois, em 11 de fevereiro, seria a vez do ditador do Egito, Hosni Mubarak, no poder havia quase 30 anos.

Na época, as Forças Armadas decidiram ficar do lado dos manifestantes. Tudo mudou nas últimas semanas, talvez em função da vitória dos partidos islamitas nas eleições parlamentares que ainda estão em andamento em algumas regiões do país.

Hoje o primeiro-ministro Kamal Ganzouri acusou os manifestantes concentrados na Praça da Libertação, no centro do Cairo, que exigem sua queda, de "serem contra a revolução. Eles estão atacando a revolução", informa o jornal The New York Times.

O Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o país desde a queda de Mubarak, nega que o Exército esteja massacrando civis nas ruas. Diante de imagens de mulheres sendo arrastadas e tendo roupas rasgadas por agentes da repressão, o ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica Mohamed ElBaradei, aspirante à Presidência do Egito, prometeu responsabilizar os militares.

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