quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Oposição do Irã adere ao movimento antinuclear

Pela primeira vez, um grupo de dissidentes do Irã pediram ao regime fundamentalista que governa o país a suspensão do enriquecimento de urânio.

"O atual impasse sobre as ambições nucleares do Irã e o jogo de poder vão preparar o cenário para uma guerra, e o povo iraniano terá de pagar o preço", diz uma carta aberta divulgada na segunda-feira.

A república dos aiatolás considera o programa nuclear uma questão de orgulho nacional e uma reafirmação da posição do Irã como potência, numa tentativa de resgate do Império Persa - e é aí que está o perigo de uma ditadura sem limites.

Na semana passada, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU, acusou a ditadura teocrática iraniana de estar desenvolvendo a bomba atômica, de fazer experiências desnecessárias para um programa nuclear com fins exclusivamente pacíficos.

Os reformistas que lutam por uma abertura do regime defendiam o programa nuclear, mas agora afirmam que o governo deve tirar o país desse impasse: "Infelizmente, os altos funcionários iranianos têm fechado seus olhos e ouvidos à realidade, e continuam insistindo em políticas externas aventureiras", acrescenta a declaração da Organização dos Mujahedin da Revolução Islâmica; 175 dissidentes exilados assinaram a carta.

Nenhum comentário: