quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Espanha paga juros do tempo da peseta

Às vésperas de eleições em que o governante Partido Socialista Operário Espanhol deve ser arrasado, a Espanha foi obrigada a pagar hoje juros de 6,98% ao ano para rolar sua dívida pública, enquanto a França paga 3,69%, em outro agravamento da crise das dívidas públicas da Zona do Euro, informa a agência Reuters.

Os juros espanhóis voltaram aos níveis anteriores à introdução do euro e encostam na taxa de 7%, considerada insustentável.

Para os analistas, a única saída para estabilizar seria a compra de títulos públicos em grande quantidade pelo Banco Central da Europa. Mas o chefe de um grupo de assessores econômicos do governo da Alemanha, Wolfgang Franz, acredita que seria um "pecado mortal": "Não apenas tiraria a independência do banco central, levaria ao risco de inflação".

A obsessão alemã com a inflação, herança da hiperinflação de 1923, impede que o BCE tenha um papel mais ativo no combate à crise das dívidas públicas, mas o tempo está se esgotando e não há soluções ideais a vista.

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