quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Crise gera agitação trabalhista na China

A China vive a maior onda de agitação sindical desde o verão de 2010 no Hemisfério Norte. Com a crise internacional e a redução da demanda nos Estados Unidos e na Europa, a atividade industrial sofreu em outubro a maior queda em quase três anos. As fábricas começam a reduzir salários e demitir trabalhadores.

Mais de 10 mil operários fizeram greve na semana passada nas cidades de Shenzhen e Dongguan, na província da Cantão, no Sudeste do país, grandes centros da indústria exportadora.

Na indústria eletroeletrônica, o salário médio é de US$ 236 mensais. Normalmente os trabalhadores ganham até 60% a mais em horas extras para suplementar o minguado salário-base.

Há uma semana, o governador de Cantão revelou que as exportações da província caíram 9% em outubro. Na segunda-feira, 5 mil trabalhadores marcharam na cidade de Wukan. Em Dongguan, 7 mil empregados rejeitaram uma proposta de corte de horas extras numa fábrica que trabalha para as empresas de material esportivo Nike e Adidas, reporta o jornal inglês Financial Times.

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