segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Strauss-Kahn admite "erro moral"

NOVA YORK - Em sua primeira entrevista longa à televisão desde que voltou à França depois de ser preso num escândalo sexual que o derrubou do cargo de diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn admitiu ter cometido um "erro moral", mas negou responsabilidade por qualquer crime.

Strauss-Kahn foi preso em 14 de maio de 2011, dentro de um avião prestes a decolar do Aeroporto John Kennedy, em Nova York, sob a acusação de agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro da camareira Nafissatou Dialom, que trabalhava no Hotel Sofitel da Times Square, onde ele estava hospedado.

A imagem do ex-ministro das Finanças da França e diretor do FMI algemado, barbudo e desgrenhado revoltou os franceses, que consideraram isso uma humilhação e um pré-julgamento.

O caso entrou em colapso quando Dialo disse a um namorado preso por tráfico de drogas que poderia ganhar muito dinheiro porque Strauss-Kahn é um homem rico.

Sem condições de apresentar provas consistentes que incriminassem o ex-diretor do Fundo, a Justiça de Nova York terminou por arquivar o processo. Mas ele perdeu o cargo e uma grande chance de ser presidente da França. Era considerado o favorito, o candidato do Partido Socialista capaz de derrotar o presidente François Mitterrand.

Veja a íntegra da entrevista no jornal francês Libération.

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