quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Perry e Romney dominam debate republicano

A disputa pela candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos se concentra entre dois candidatos. Se a ex-governadora do Alasca Sarah Palin não entrar na corrida à Casa Branca, o adversário do presidente Barack Obama em novembro de 2012 deve ser o governador do Texas, Rick Perry, ou o empresário e ex-governador de Massachusetts Mitt Romney.

No debate dos oito aspirantes republicanos ontem à noite, na Biblioteca Ronald Reagan, ambos se acusaram de terem criado menos empregos que seus antecessores George W. Bush, no Texas, e Michael Dukakis, em Massachusetts.

Último a entrar na luta, Perry, um cristão conservador, logo se tornou o favorito nas pesquisas. Tomou boa parte dos votos que iriam para a deputada Michele Bachmann, líder da bancada da Festa do Chá na Câmara de Representantes dos EUA. Bachmann perdeu dois assessores importantes. Sua campanha está desinflando.

Romney é considerado liberal demais pela ala radical que domina o partido. É acusado de introduzir em Massachusetts um programa de saúde pública semelhante ao de Obama, execrado pela direita republicana. Mas a corrida à Casa Branca será decidida por eleitores independentes avessos a radicalismos.

A recente batalha do orçamento para elevador o teto da dívida pública dos EUA e evitar quebras de contrato e calote em dívidas do governo federal americano abalou a imagem da bancada da Festa do Chá.

O próprio Perry declarou que estaria pronto a oferecer um programa de saúde aos texanos "assim que o governo federal saísse do caminho". Donna Brazil, uma assessora do Partido Democrata convidada regularmente para debates na CBB festejou no Twitter.

Se Obama, Perry e Romney são a favor da cobertura universal de saúde, é provável que a reforma seja mantida.

De qualquer forma, saúde, previdência social e assistência social representam hoje mais da metade do orçamento federal dos EUA. Qualquer tentativa de reduzir o déficit trilionário e a dívida pública de US$ 14,5 trilhões em bases permanentes passa por uma revisão profunda nesses setores.

Hoje o presidente Obama apresenta um novo plano de US$ 300 bilhões para gerar empregos, inclusive cortes de impostos que incidem sobre as folhas de pagamento, obras de infraestrutura e extensão da ajuda aos desempregados.

É improvável que a oposição republicana aceite aumentos nos gastos públicos, mas está sempre pronta a aprovar cortes de impostos.

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