sábado, 27 de agosto de 2011

Liga Árabe pede fim de violência na Síria

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Arabi, vai fazer uma visita de emergência a Damasco para pressionar a ditadura de Bachar Assad a parar com a violenta repressão aos manifestantes que há cinco meses e meio exigem a democratização da Síria. A decisão foi tomada hoje em reunião extraordinária dos ministros do Exterior da organização.

Arabi declarou que o "recurso à força" contra a revolta árabe é "inútil", mas a ditadura síria não está convencida disso.

Com o fim da ditadura de Muamar Kadafi na Líbia depois de 42 anos, cresceram as esperanças da oposição que há cinco meses e meio protesta contra a ditadura do partido Baath, que governa a Síria desde os anos 60. Mas Kadafi praticamente não tinha amigos e aliados, a não ser alguns líderes do continente que comprou através da União Africana.

A Síria é um país importante, candidato a líder do mundo árabe, com aliados poderosos como a Rússia, o Irã e a milícia fundamentalista xiita Hesbolá, no Líbano. Até agora, a China e a Rússia impediram a simples condenação do regime sírio no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Sem a intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) com o aval da ONU, Kadafi não teria sido derrubado. Na Síria, não existe no momento qualquer possibilidade de uma intervenção capaz de mudar o equilíbrio de forças em favor dos rebeldes.

Como o regime sírio está construído ao redor da minoria alauíta, conta com o apoio fiel deste grupo, dos serviços secretos e das forças de segurança. Os analistas acreditam que seria necessária uma fratura interna para mudar a situação. Até agora, é improvável, apesar de mais de 2,2 mil mortes.

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