quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bonde de Santa Teresa tem de ser só para turismo

A tragédia com o bondinho de Santa Teresa, um dos símbolos desta tão maltratada Cidade Maravilhosa, chama mais uma vez a atenção dos cariocas para o desprezo das autoridades em relação aos problemas mais óbvios.

É evidente que o bonde está tecnologicamente superado como meio de transporte no século 21. Sua sobrevivência só se justifica pelo charme e a tradição. É um adereço a mais para o um dia aristocrático bairro de Santa Teresa.

Com passagem a R$ 0,60, muito abaixo da tarifa cobrada pelos ônibus, o bondinho virou alternativa de transporte barato para a população carente. Isso é um absurdo, simplesmente porque o bondinho não tem como suportar o volume de tráfego de uma grande cidade no século 21.

A Prefeitura do Rio precisa oferecer com urgência uma alternativa de transporte de massa para a população de Santa Teresa.

O bondinho, restaurado e preservado como o cable car de São Francisco da Califórnia, seria apenas um meio de transporte turístico, com tarifa elevada, de pelo menos R$ 5, para cariocas e estrangeiros darem um passeio pelo passado lá de vez em quando, e não para se espremerem em vagões superlotados sem mínimas garantias de segurança.

Com tanto dinheiro rolando por aí para as obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, muitas vezes em transações suspeitas, o bondinho de Santa Teresa merece um tratamento melhor.

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