quinta-feira, 28 de julho de 2011

Câmara não vota mais dívida dos EUA nesta noite

O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputado John Boehner, decidiu não colocar em votação nesta noite sua proposta para elevar o teto da dívida pública do país em US$ 800 bilhões em troca de cortes nos gastos governamentais.

Isso indica que Boehner, principal líder da oposição ao presidente Barack Obama, ainda não tem os 216 votos necessários para aprovar a matéria. Para conseguir o apoio que falta, o deputado terá de alterar a proposta.

Com o endurecimento das posições, é possível que a Câmara, de maioria republicana, e o Senado, de maioria democrata, aprovem projetos diferentes que teriam de ser compatibilizados na última hora.

A dívida pública dos EUA deve atingir o atual limite legal de US$ 14,3 bilhões em 2 de agosto de 2011. Se este teto não for elevado, o governo federal americano vai ficar sem dinheiro em casa. Pode calotear salários, pensões de aposentados e títulos da dívida pública.

Nunca, no passado, o Congresso exerceu tanta pressão sobre o presidente, negando-se a autorizar o aumento da dívida.

Em matéria de capa, a revista inglesa The Economist que circula hoje adverte para o risco de que a crise das dívidas públicas gere uma paralisia política e econômica nos Estados Unidos e na Europa, a exemplo que aconteceu com o Japão nas últimas duas décadas.

Nenhum comentário: