segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pilotos podem ter errado na queda do voo AF447

Os pilotos do voo AF 447 da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio de 2009 não estavam treinados para enfrentar a emergência causada pelo desligamento do piloto automático. É o que revelam novos vazamentos de informações contidas nas caixas-pretas do Airbus A330, que só foram recuperadas há pouco, depois de ficarem quase dois anos no fundo do mar, revela o jornal The Wall St. Journal.

Diante da emergência, mostram as gravações, a tripulação ficou confusa e sem ação, aparentemente esperando que os sensors de velocidade voltassem a funcionar normalmente.

A tripulação deixou de usar o procedimento padrão para manter ou aumentar a força das turbinas e manter a velocidade do avião.

Ao enfrentar uma tempestade na zona de convergência intertropical a mais de 10 mil metros de altitude, as sondas Pitot, que medem a velocidade do avião no ar, ficaram congeladas e pararam de dar informações corretas ao computador de bordo, que desligou o piloto automático.

Imediatamente antes, o avião sofreu uma desaceleração perigosa. Quando o computador passou o controle do voo para manual, os pilotos ficaram confusos e não conseguiram controlar o aparelho, que caiu no mar em quatro minutos.

O Escritório de Investigação de Acidentes Aéreos da França admitiu que a tripulação não estava treinada para enfrentar esse tipo de emergência.

Um relatório de novembro de 2009 informa que a Airbus identificou 32 casos em que a formação de gelo ao redor dos sensores de velocidade do avião levou a “leituras erradas da velocidade”.

Nem a Air France nem a Airbus comentou os resultados preliminaries da investigação, que devem ser anunciados oficialmente na próxima sexta-feira.

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