domingo, 22 de maio de 2011

Obama defende proposta ante lobby judaico

O presidente Barack Obama defendeu hoje sua proposta para criação de um país palestino independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza com base nas fronteiras anteriores à guerra de 1967 diante do principal lobby judaico dos Estados Unidos. Havia medo de que ele fosse vaiado.

Em discurso na Comitê de Ação Pública Americano-Israelense (Aipac), Obama insistiu na necessidade de tomar as medidas difíceis para negociar paz como melhor maneira de proteger Israel a longo prazo, informa o jornal The New York Times.

Apesar da rejeição da proposta pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na sexta-feira, durante visita à Casa Branca, o presidente americano insistiu: “Vou repetir o que realmente falei na quinta-feira e não o que disseram que eu falei”, declarou.

“Os EUA acreditam que das negociações devem resultar dois estados, com fronteiras permanentes da Palestina com Israel, a Jordânia e o Egito, e fronteiras permanentes de Israel com a Palestina”, enfatizou.

“As fronteiras de Israel e da Palestina devem se basear nas linhas de 1967, com trocas acertadas mutuamente para que sejam estabelecidas fronteiras seguras e reconhecidas para os dois países”, propôs o presidente dos EUA.

Para evitar novas interpretações equivocadas, Obama esclareceu: “As partes – israelenses e palestinos – vão negociar fronteiras que serão diferentes das existentes em 4 de junho de 1967. É uma fórmula bem conhecida por quem trabalha há uma geração com o conflito. Cabe às partes levar em conta as mudanças ocorridas nos últimos 44 anos.”

Obama rejeitou qualquer possibilidade de deslegitimar o Estado de Israel, mas advertiu que o país tende a ficar cada vez mais isolado se não se envolver as negociações de paz definitivas com a Organização para a Libertação da Palestina. 

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