quinta-feira, 19 de maio de 2011

Emergentes podem ganhar poder no FMI

A prisão do diretor geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, cria uma oportunidade para grandes países emergentes como a China, o Brasil e a Índia influam na sua sucessão e na sua atuação, comentou a professora Ngaire Woods, da Universidade de Oxford.

Em palestra na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, sobre Governança Global Depois da Crise: caminhando como sonâmbulos para a próxima crise, nesta quarta-feira, 18 de maio de 2011, a economista e doutora em relações internacionais observou que "há apenas cinco anos, os grandes tomadores de empréstimos do FMI eram países em desenvolvimento. Desde 2008, a maioria dos empréstimos vai para a Europa e uma pequena parcela para a África".

Grécia, Irlanda, Portugal, Ucrânia, Hungria e Romênia receberam ajuda do Fundo.

Ao mesmo tempo, com a Grande Recessão (2008-9) nos países ricos, os grandes emergentes passaram a emprestar dinheiro para o FMI. Assim, Ngaire Woods entende que, mesmo que os europeus consigam manter o privilégio de indicar o diretor geral, "se eles [emergentes] aceitarem um europeu, devem exigir a criação de mecanismos para fiscalizar sua atuação e a aplicação dos recursos".

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