quarta-feira, 16 de março de 2011

Roubini quer Plano Marshall para Oriente Médio

Com o argumento de que o Oriente Médio foi responsável por três das últimas cinco recessões mundiais e que a atual crise ameaça provocar inflação e estagflação, o economista turco naturalizado americano Nouriel Roubini defende a criação de um Plano Marshall para promover o desenvolvimento da região, um permanente foco de tensões na política internacional.

Roubini foi um dos poucos economistas a prever a crise financeira internacional e a Grande Recessão de 2008-9. O Plano Marshall foi a maciça ajuda financeira dos Estados Unidos à a reconstrução da Europa Ocidental depois da Segunda Guerra Mundial.


Em artigo publicado no sítio da TV árabe Al Jazira, Roubini disse temer que a onda de revoluções no mundo árabe eleve os preços do petróleo, cause inflação e mate a frágil recuperação econômica mundial.

O apoio dos EUA e da Europa a Israel na Guerra do Yom Kippur (Dia do Perdão), em 1973, levou o rei Faiçal, da Arábia Saudita, a declarar um embargo na venda de petróleo árabe ao Ocidente. O primeiro choque do petróleo gerou uma estagflação global em 1974-75.

A revolução islâmica no Irã, em 1979, causou o segundo choque do petróleo, a estagflação e uma recessão mundial em 1980-1.

Quando Saddam Hussein invadiu o Kuwait, em agosto de 1990, os preços do petróleo voltaram a disparar, num momento em que a crise financeira das cadernetas de poupança jogava os EUA na recessão.


A invasão do Iraque por George W. Bush em 2003 contribuiu para aumentar o endividamento e abalar a reputação dos EUA, fatores que alimentaram a crise financeira internacional e a Grande Recessão de 2008-9.


"Transições políticas instáveis levar a graus elevados de desordem social, violência organizada, guerra civil, terrorismo, alimentando mais conflitos políticos e crises econômicas", adverte o Dr. Catástrofe. "Dada a alta sensibilidade para os preços do petróleo, o sofrimento não será confinado ao Oriente Médio."

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