No quinto dia seguido de manifestações populares para exigir a queda do regime, o presidente Hosni Mubarak indicou o chefe dos serviços secretos do Egito, Omar Suleiman, para vice-presidente, mais um sinal de que não pretende deixar o poder. É a primeira vez em 30 anos de governo que Mubarak indica um vice-presidente.
O ex-brigadeiro Ahmad Chafic, um dos nomes cotados para a sucessão presidencial, será primeiro-ministro.
Pelo menos 38 pessoas foram mortas nos últimos dias, mais de mil feridas e mais de mil presas. Há relatos de mais de 100 mortes.
Como a polícia perdeu a batalha da repressão, o Exército ocupa as ruas, mas os soldados estão evitando usar a força. Parece que o regime prefere deixar o movimento popular se esvaziar.
Sem polícia, há relatos de saques, roubos, assaltos e anarquia generalizada em outras áreas do Cairo. Os moradores estariam organizando patrulhas de bairro para defender suas casas e suas famílias de criminosos.
Em entrevista à BBC, o ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2005, considerou as mudanças apenas cosméticas. Ele insiste que Mubarak deve marcar uma data para sua própria saída.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, e professor de pós-graduação nas Faculdades Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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