sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Assange teme extradição para os EUA

Em entrevista diante da casa de campo onde está hospedado, em Suffolk, na Inglaterra, o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, admitiu que está preocupado com o risco de ser extraditado para os Estados Unidos por ter vazado na Internet mais de 250 mil documentos sigilosos da diplomacia americana.

Assange teme ter sido denunciado secretamente a um tribunal do júri nos EUA por espionagem e cumplicidade no roubo dos documentos.

Ele se apresentou hoje numa delegacia de polícia no condado de Suffolk, onde está hospedado, como exige a decisão judicial que lhe permite responder em liberdade ao processo de extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.

Uma declaração publicada no sítio da Procuradoria da Suécia pela promotora Marianne Ny comenta que ele não pode ser extraditado para os EUA sem o consentimento do país europeu onde foi preso devido a uma ordem de prisão pan-europeia. O país é o Reino Unido, que tem uma aliança estratégica com os EUA.

Mais uma vez, Assange alegou ser vítima de uma campanha difamatória, dizendo que nem ele nem seus advogados tiveram acesso aos indícios da investigação sueca, que estaria sendo feita em segredo.

Para o criador do WikiLeaks, "o risco de ser extraditado para os EUA é cada vez maior e mais provável". Assange lembrou que há senadores americanos pedindo que ela seja morto e negou ter contato com o soldado Bradley Manning, preso nos EUA sob suspeita de ter roubar os documentos.

Os promotores americanos tentam estabelecer um vínculo entre Assange e Manning. Para fugir dessa alegação, Assange afirma que uma das bases do WikiLeaks é a total independência em relação às fontes de informação.

ÚLTIMAS REVELAÇÕES:

• O Brasil ficou confuso na crise de Honduras com a chegada de Zelaya à embaixada em Tegucigalpa, afirmam mensagens da diplomacia americana.

• As forças de segurança da Índia usam a tortura sistematicamente contra os militantes muçulmanos que lutam para integrar a Caxemira indiana ao Paquistão.

• O presidente de Cuba, Raúl Castro, pediu a instalação de um telefone vermelho com a Casa Branca.

• O presidente peruano, Alan García, responde à mensagem que o descreve como ególatra e bipolar, alegando que o documento é “fraco, superficial, rudimentar e cheio de boatos”.

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