terça-feira, 22 de junho de 2010

Casa Branca pede explicações a general

comandante militar dos EUA no Afeganistão e Paquistão, general Stanley McChrystal, foi convocado para dar explicações à Casa Branca sobre um perfil a ser publicado na revista Rolling Stone com críticas e desprezo pelo governo Obama.

Na reportagem O General Descontrolado, McChrystal e seus assessores criticaram vários altos funcionários dos EUA, como o vice-presidente Joe Biden, que era contra aumentar o contingente americano no Afeganistão.

A revista revela a tensão entre o governo e o general e seus assessores quando discutiam a estratégia para vencer a guerra no Afeganistão.

Obama não escapou. Na opinião do general, o primeiro encontro com o presidente na Casa Branca foi apenas uma sessão de fotos, curto e sem uma discussão produtiva da situação da guerra.

O assessor de Segurança Nacional, James Jones, foi chamado de "palhaço"e o enviado especial de Obama para o Afeganistão e o Paquistão, Richard Holbrooke, de "animal ferido".

Antes da Rolling Stone começar a circular na sexta-feira, a entrevista e o perfil do general rebelde já abalaram uma das políticas mais difíceis de Obama porque tem oposição dentro de seu próprio partido.

O general pediu desculpas, mas pode ser afastado. Seu chefe, o secretário da Defesa, Robert Gates, considerou a entrevista uma "falta de julgamento" do general, e o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, almirante Mike Mullen, disse ter ficado "muito desapontado" com o que leu.

McChrystal é a peça-chave para a estratégia de Obama no Afeganistão, no momento em que está sendo preparada uma grande ofensiva na região de Kandahar, origem e principal reduto da milícia fundamentalista dos Talebã.

Obama quer ouvir as explicações do general pessoalmente. É quase certo que ele seja afastado, mas talvez não agora para não atrapalhar o plano de guerra. A guerra é maior do que um simples homem, defende-se o governo americano.

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