terça-feira, 23 de março de 2010

China volta a censurar o Google

A China considerou "totalmente errada" a decisão da empresa de Internet Google de mudar os servidores de seu serviço de busca para Hong Kong para evitar a censura.

O regime comunista chinês acusou a companhia de "violar um compromisso" escrito quando o Google entrou na China. Seus censores já bloqueiam o acesso a temas sensíveis para o governo.

Esse conflito começou há dois meses, quando o Google denunciou pirataria cibernética para roubar segredos empresariais e violar o correio eletrônico de dissidentes políticos.

Havia uma expectativa de que a empresa pudesse encerrar suas operações na China. Mas não quis deixar um mercado de 384 milhões de internautas, o maior do mundo.

Ontem, anunciou a transferência do serviço de busca para Hong Kong, uma região autônoma com plena liberdade de expressão garantida pelo acordo em que o Reino Unido devolveu a antiga colônia britânica à China em 1997.

Hoje, o Conselho de Estado acusou o Google de violar a legislação chinesa e de politizar uma questão comercial. O porta-voz do Ministério do Exterior chinês também tratou o problema como comercial, "a não ser que queiram politizar a questão".

Durante a noite, os fãs chineses do Google chegaram a fazer vigília luminosa junto à sede da empresa, torcendo para que não saia da China.

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