sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Guerra de anteprojetos divide Copenhague

Uma guerra de anteprojetos do acordo final marca a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Copenhague. Mas o secretário-geral do encontro, Yvo de Boer, está confiante.

Esta sexta-feira é o dia de se chegar a um projeto para que mais de cem chefes de Estado e de governo façam os acertos finais e assinem na próxima semana um novo acordo para conter o aquecimento da Terra.

No quarto dia, foi a vez dos países emergentes, liderados pela China, apresentarem uma proposta pedindo que os países desenvolvidos cortem suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 40% até 2020.

Também houve uma pressão para que os Estados Unidos ratifiquem o Protocolo de Quioto, de 1997, que previa que 37 países industrializados reduzissem suas emissões de gases carbônicos em 5%, na média, em relação a 1990.

Logo, um negociador da União Europeia deu um chega para lá nestas propostas. Ele disse que não existe a menor possibilidade de aprovação do Protocolo de Quioto pelo Senado dos EUA e voltou a colocar na mesa a proposta dos países ricos: US$ 30 bilhões por ano para ajudar os países em desenvolvimento a controlarem suas emissões e se adaptarem a um mundo com menos consumo de carvão e petróleo.

A própria UE já estimou em US$ 150 bilhões por ano o preço para a conversão das economias pobres e emergentes.


O bilionário George Soros criticou os países ricos e advertiu que, sem financiamento, não será possível combater a mudança do clima. Ele sugere que seja fixado um preço para o carbono considerando os investimentos necessários para combater o aquecimento global.

Soros propos ainda que os países ricos usem os direitos especiais de saque junto ao Fundo Monetário Internacional, que estimou em US$ 283 bilhões, para financiar projetos em países em desenvolvimento.

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