quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Acordo em Copenhague está difícil

Um acordo internacional para combater o aquecimento do planeta parece difícil na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Copenhague, por causa das divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, e sobretudo entre os Estados Unidos e a China.


A China rejeita a proposta que está sobre a mesa no momento, enquanto os EUA acenam com a possibilidade de dar uma ajuda substancial para criar um fundo de combate à mudança do clima de US$ 100 bilhões por ano, para salvar a conferência. Mas a secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que esses recursos só serão dados a países que mostrarem "transparência" no corte das emissões de gases de carbono, que agravam o efeito estufa.


Essa proposta é coerente com a promessa do presidente Barack Obama de chegar a um acordo que deflagre ações práticas. Obama chega amanhã, mas sua margem de manobra é muito estreita por causa da dificuldade de aprovação de medidas mais duras no Congresso dos EUA. 


A Câmara aprovou uma lei para reduzir as emissões em 17% até 2020 em relação a 2005. Isso equivaleria a 3% a 4% das emissões de 1990, referência do Protocolo de Quioto, a que os EUA nunca aderiram.


Diante da resistência dos EUA de fazer cortes drásticos nas suas emissões, os países em desenvolvimento, liderados pela China, se negam a assumir um compromisso obrigatório com uma redução efetiva nas suas. Só aceitam medidas voluntárias.

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