sábado, 21 de novembro de 2009

Ahmadinejad justifica declarações sobre o Holocausto

Em entrevista a William Waack que vai ao ar agora no Jornal da Globo, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, não negou o massacre de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, mas disse que "o Holocausto aconteceu na Europa" e "o povo palestino não tem nada a ver com isso". Ahmadinejad chega na segunda-feira ao Brasil, onde deve ser alvo de protestos.

Além de negar o Holocausto em declarações passadas e de ameaçar "varrer Israel do mapa", como líder do regime fundamentalista iraniano Ahmadinejad também persegue homossexuais. Na entrevista à TV Globo, declarou que "o homossexualismo não é normal", é "uma ameaça à sobrevivência da humanidade".

A visita do presidente iraniano ao Brasil, no momento em que o Irã rejeita mais um apelo das Nações Unidas, dos Estados Unidos, da Rússia, da Alemanha, da França, do Reino Unido e da União Europeia para enviar urânio para enriquecimento no exterior, foi duramente criticada pelo Wall Street Journal, o jornal mais vendido nos EUA (2 milhões de cópias por dia).

Na medida em que o Brasil se afirma como uma grande potência no cenário internacional, diz o Journal, poderia ser um aliado natural dos EUA em várias áreas, como energia, democracia, direitos humanos, economia e até mesmo para pressionar a China a valorizar o iuã.

Com o apoio a ditadores como Ahmadinejad, reeleito numa fraude evidente, e o refúgio concedido ao presidente deposto de Honduras, José Manuel Zelaya, diz o Journal que o país teria deixado de ser considerado um parceiro confiável.

Para um deputado democrata dos EUA, o Brasil está legitimando um ditador que fraudou eleições e botou a Guarda Revolucionárias e a milícia Bassij para bater, matar e prender manifestantes que rejeitaram o resultado oficial.

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