domingo, 27 de setembro de 2009

Brasil rejeita ultimato de golpistas de Honduras

NOVA YORK - O governo do Brasil rejeitou hoje um ultimato dos golpistas de Honduras, que deram prazo de 10 dias para o país definir a situação do presidente deposto, José Manuel Zelaya, que voltou a seu país há uma semana numa tentativa de retomar o poder: ou o Brasil concederia asilo a Zelaya ou teria de expulsá-lo da embaixada.

Durante um encontro de cúpula África-América Latina realizado na Ilha Margarida, na Venezuela, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva afirmou que "o Brasil não aceita ultimatos de golpistas". O ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, disse que não responderia porque não reconhece o governo de fato de Honduras.

Em nota oficial, o governo golpista hondurenho afirmou que "nenhum país pode tolerar que uma embaixada estrangeira seja usada como base para gerar violência e romper a tranquilidade como Zelaya está fazendo desde que voltou ao país".

Se a situação atual não mudar em 10 dias, o governo golpista ameaça não reconhecer mais a inviolabilidade da embaixada, contrariando o direito internacional sobre imunidade diplomática.

Agora há pouco, o presidente de fato, Roberto Micheletti, suspendeu os direitos civis e ameaçou fechar rádios e televisões favoráveis a Zelaya. Ele estaria prestes a formar um governo paralelo.

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