domingo, 6 de setembro de 2009

Berlusconi se associa a Kadafi e compra TV

Num escandaloso conflito de interesses públicos e privados, o primeiro-ministro da Itália, o bilionário Silvio Berlusconi, se associou ao ditador da Líbia, coronel Muamar Kadafi, e comprou 25% de uma televisão da Tunísia.

Durante sua última visita à Líbia, na véspera dos 40 anos da revolução líbia, comemorados em 1 de setembro, Berlusconi teria sondado o interesse de Kadafi pelo clube de futebol Milan, de propriedade do primeiro-ministro italiano.

O empresário árabe Tarak Ben Ammar, conselheiro de empresas de Berlusconi, disse que a Nessma TV é dele, do primeiro-ministro e de dois sócios tunisianos. Kadafi teria se associado à Quinta Communications, de Berlusconi, por estar interessado em produzir filmes sobre o mundo árabe.

Para o jornal inglês The Guardian, que denunciou a sociedade entre Berlusconi e Kadafi, a Quinta e a Mediaset, duas empresas do império de telecomunicações do líder da direita italiana, compraram a metade da TV tunisiana.

Em entrevista à TV, Berlusconi negou que seu governo persiga os imigrantes, dizendo "tem o coração aberto e lhes oferece casa, trabalho, escolas e hospitais". Ele descreveu a televisão como "o grande veículo da democracia para influenciar as massas", e destacou a importância de escolher "bons elencos femininos", no que se declarou um especialista.

Ah! Ao se despedir, Berlusconi não se esqueceu de pedir o número do telefone da entrevistadora.

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