quarta-feira, 17 de junho de 2009

BRIC devem procurar múltiplas alianças

Não quero dizer que essa euforia em torno da primeira reunião de cúpula dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) não faz sentido, mas é a primeira organização internacional criada por um analista de banco de investimentos, como ironizou o Financial Times. São grandes potências em ascensão e serão os tijolos da construção da economia globalizada.

O presidente Lula continua atacando os brancos de olhos azuis que tinham solução para tudo mas na opinião dele não sabiam nada e foram responsáveis pela crise. Poucas instituições são tão representativas do ambiente de negócios que gerou a crise econômico-financeiro global do que o banco Goldman Sachs.

O que Jim O'Neill, analista do Goldman Sachs, tentou identificar é quem serão as grandes potências do mundo multipolar que deve emergir até 2050. Antes de saber do relatório, ensinava a meus alunos da UniverCidade que o mundo do futuro será multipolar, com as seguintes potências mundiais: EUA, China, Índia, Europa, Japão, Rússia e Brasil, se fizermos a nossa lição de casa e crescermos economicamente.

Outros países citados hoje pela Miriam Leitão n'O Globo, com África do Sul, Coreia do Sul e México não tem peso para se tornarem potênciais mundiais.

Mas a História ensina que as alianças são forjadas em torno de interesses comuns. É difícil imaginar que os BRIC queiram se encerrar num grupo fechado. A tendência é que tentem fortalecer uma teia de relações com todas as grandes potências. Caso contrário, perderiam oportunidades, e ninguém vira grande potência desperdiçando oportunidades.

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