quinta-feira, 23 de abril de 2009

Hillary acusa Paquistão de ceder ante talebã

Os talebã do Paquistão tomaram hoje uma localidade a 100 quilômetros da capital, Islamabad, levando a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a acusar o governo paquistanês de abdicar de seus direitos diante das exigências dos fundamentalistas muçulmanos, responsáveis pela morte da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, em 27 de dezembro de 2007, e de outros atentados, como o ataque ao Hotel Marriott em 20 de setembro de 2008.

Recentemente, o governo civil paquistanês do presidente Assif Ali Zardari, viúvo de Benazir, concordou com a imposição da lei islâmica no Vale do Swat. Foi isso que Hillary comparou a uma rendição.

Há mais de 24 horas, mais de 100 talebã saíram do Swat e ocuparam o distrito de Buner, perto da capital, onde estariam destruindo processos criminais para impor o direito islâmico e fechando lojas que vendem música e filmes.

"Penso que não se deve subestimar a seriedade da ameaça existencial colocada diante do Paquistão pelo contínuo avanço, agora a horas de distância de Islamabad, de uma confederação de grupos terroristas e outros interessados em subverter o Paquistão, um país com armas nucleares", declarou Hillary em depoimento na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

"Não vejo indignação e preocupação suficientes para reverberar nos altos escalões da liderança civil e militar do Paquistão", acrescentou a secretária, afirmando que o objetivo estratégico do governo Barack Obama é derrotar a rede terrorista Al Caeda e impedir a volta da Milícia dos Talebã ao poder no Afeganistão.

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