sábado, 21 de fevereiro de 2009

Obama anuncia início da redução de impostos

O Tesouro dos Estados Unidos começou a enviar hoje cartas para as empresas reduzindo o imposto de renda descontado no contracheque de 95% dos trabalhadores americanos, anunciou neste sábado o presidente Barack Obama em seu programa semanal de rádio.

A partir de abril, a grande maioria das famílias vai receber pelo menos US$ 65 a mais por mês

Em breve, disse Obama, o Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento de US$ 787 bilhões, assinado na terça-feira passada, 17 de fevereiro de 2009, vai colocar 3,5 milhões de americanos trabalhando em projetos para modernizar a infraestrutura do país, preparando-o para os desafios do século 21.

"Por causa do que fizemos", declarou o presidente dos EUA, "empresas grandes e pequenas que produzem energia renovável podem pedir empréstimos e garantias de crédito", e "as famílias podem melhorar o isolamento térmico de suas casas para pagar uma conta de luz menor.

"Por causa do que fizemos, nossas crianças poderão se formar em escolas do século 21 e milhões mais poderão conseguir um diploma universitário que uma semana atrás não teriam condições de pagar.

"Por causa do que fizemos, vidas serão salvas e os custos de saúde reduzidos para informatização dos registros médicos.

"Por causa do que fizemos, teremos policiais fazendo a ronda, bombeiros de prontidão e professores preparando as lições para o futuro. Para garantir que tudo será feito com um nível de transparência e prestação de contas sem precedentes, nomeei uma equipe de gerentes para garantir que cada precioso dólar do contribuinte será investido corretamente.

"Por causa do que fizemos, 95% de todas as famílias trabalhadoras terão direito a um corte de impostos", acrescentou Obama. "Nunca antes na nossa história um corte de impostos entrou em vigor tão depressa ou foi para tantos americanos que trabalham duramente.

Mas, ressalvou o presidente americano, o plano de estímulo não é suficiente para tirar os EUA da crise: "É apenas o primeiro passo no caminho da recuperação econômica. Não podemos fracassar e não terminar a jornada. Isso vai exigir a contenção do número de retomada de imóveis por falta de pagamento e da queda nos preços das casas."

Também "será preciso estabilizar e endireitar o sistema bancário para que o crédito volte a fluir para famílias e empresas. Será necessário reformar um sistema regulador falido que tornou esta crise possível."

Por fim, será preciso conter os déficits trilionários assim que a economia se recuperar, ponderou Obama, anunciando que na segunda-feira vai reunir deputados, senadores, sindicalistas e especialistas em equilíbrio fiscal para projetar um orçamento equilibrado para um futuro distante.

Na terça-feira, Obama faz um pronunciamento à nação para anunciar suas prioridades e, na quinta-feira, vai apresentar sua proposta orçamentária.

O presidente admite que "a estrada à frente será longa e cheia de perigos. Mas tenho a confiança de que nós, como povo, tenhamos a força e a sabedoria para levar adiante esta estratégia e superar esta crise".

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