quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Tribunal da ONU condena genocidas de Ruanda

O tribunal especial das Nações Unidas sobre o genocídio de Ruanda condenou hoje, pela primeira vez, os mandantes dos crimes contra a humanidade cometidos em 100 dias a partir de 6 de abril de 1994, quando a Frente Patriótica de Ruanda matou o então presidente do país, Juvenal Habyarimana.

Em Arucha, na Tanzânia, sede do tribunal, o ex-coronel Theoneste Bagosora foi considerado culpado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, por ter planejado e organizado os massacres.

Já Protais Zigiranyirazo, o Senhor Z, um líder da elite da etnia hutu, pegou 20 anos de cadeia por organizar milícias e esquadrões da morte, pelo assassinato de opositores do antigo regime depois e por enterrar os mortos em cemitérios clandestinos para encobrir os crimes.

Depois da morte de Habyarimana, o regime hutu decidiu exterminar o povo tútsi, vitorioso na guerra civil. O Exército hutu em fuga e a milícia Interahamwe mataram entre 800 mil e 1 milhão de pessoas.

Foi o maior matança no mundo depois da Segunda Guerra Mundial, só superada pelo genocídio cometido pelo regime de Pol Pot contra seu próprio povo, no Camboja, de 1975 a 1978.

Nenhum comentário: