sábado, 6 de dezembro de 2008

Congresso dos EUA ajuda indústria automobilística

O Congresso dos Estados Unidos vai dar empréstimos de emergência às três maiores empresas automobilísticas americanas, a General Motors, a Ford e a Chrysler, indicaram hoje líderes democratas. Os detalhes devem ser anunciados ainda neste fim de semana. Sem ajuda, a GM e a Chrysler, que podem se fundir, corriam o risco de não sobreviver ao fim do ano.

Diante do anúncio de que mais de meio milhão de empregos desapareceram em novembro, o presidente George W. Bush deu apoio aos pedidos de ajuda de emergência das fábricas de automóveis. Bush não quer encerrar seu governo desastroso com a falência da GM.

As empresas devem receber empréstimos-ponte para sobreviver até a posse de Barack Obama, em 20 de janeiro de 2009.

Nos anos 60, o pensador político e depois ministro francês Jean-Jacques Servan-Schreiber escreveu O Desafio Americano, uma visão crítica dos superpoderes dos EUA e do desafio que representavam para o resto do mundo. Nesse livro, a GM foi descrita como a terceira maior potência mundial, atrás apenas dos EUA e da União Soviética.

Vítima do seu próprio gigantismo, a GM se tornou um monstro ingovernável. Depois de várias crises do petróleo, continuou investindo em carros de alto consumo. Ainda disputa a condição de maior fabricante de automóveis do mundo com a Toyota, que deve perder este ano, mas acumula prejuízos bilionários.

Nas últimas décadas, o carro perdeu seu charme por causa dos engarrafamentos, da poluição nas grandes cidades, do aquecimento global e dos preços dos combustíveis. Com a atual crise financeira global, as vendas de automóveis entraram em colapso.

A maioria das pessoas toma dinheiro emprestado para comprar um carro novo. Ao vender seu usado, movimenta também o mercado de usados. No momento, está tudo em marcha lenta.

O mercado está em estado de choque.

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