quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Furacão Sarah Palin sai atirando

Com um discurso bastante agressivo e muito bem escrito, não por ela, naturalmente, a governadora do Alasca, Sarah Palin, honrou sua biografia de sócia da Associação Nacional do Rifle. Ao aceitar a indicação do Partido Republicano para ser candidata a vice-presidente dos Estados Unidos na chapa liderada pelo senador John McCain, o Furacão Sarah, como foi apelidada pela mídia americana, saiu atirando para todos os lados.

O principal alvo o candidato democrata, senador Barack Obama, descrito como inexperiente e fraco para comandar os EUA em tempo de guerra, como insistem em dizer os republicanos, embora a luta contra o terrorismo não possa ser confundida com uma guerra.

Sarah prometeu ainda combater a rede terrorista Al Caeda e descreveu a invasão do Iraque como um desígnio de Deus, para delírio de uma platéia composta por conservadores brancos, muitos de chapéu de caubói neste grande rodeio para as câmaras que é a Convenção Nacional do Partido Republicano. Ela também é contra as políticas sociais propostas pelo Partido Democrata porque aumentariam impostos e as "ordens emanadas de Washington" e disparou contra a mídia que questionou sua experiência e liderança.

Como uma governadora do Alasca que o Partido Republicano quer nos convencer que enfrentou interesses estabelecidos na burocracia local, Sarah Palin quer agora reformar Washington, curiosamente apresentada na campanha presidencial americana como o grande demônio a ser combatido.

Antes dela, o ex-prefeito de Nova Iorque Rudolph Giuliani, que posou como presidente dos EUA em 11 de setembro de 2001, mas não conseguiu bater McCain nas eleições prévias republicanas, passou aquela mensagem de medo terrível, de um novo fantasma que só McCain pode afastar.

A convenção republicana não pára de repetir que McCain é um herói de guerra. Ele foi prisioneiro no Vietnã. Curiosamente, em reportagem da TV americana CNN feita em Hanói, o diretor de prisão e a enfermeira que o tratou disseram que preferem se lembrar do candidato republicano como um homem que superou os ressentimentos e lutou para restabelecimento de relações diplomáticas entre os ex-inimigos.

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