domingo, 27 de julho de 2008

Obama defende relação especial com Reino Unido

No final de sua primeira viagem ao exterior como candidato da oposição à Presidência dos Estados Unidos, o senador Barack Obama defendeu a reconstrução da chamada relação especial entre os EUA e o Reino Unido.

Essa relação especial foi abalada pela decisão do presidente George Walker Bush de invadir o Iraque sem a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da opinião pública britânica e européia, que sempre foi contra a guerra.

Obama viajou ao exterior para reafirmar suas credencias como comandante-em-chefe do país mais rico e poderoso do mundo e como um estadista capaz de representar este país internacionalmente.

Foi ao Kuwait, ao Afeganistão e ao Iraque para se apresentar como um comandante-em-chefe capaz de entender a complexidade desses países e das guerras em que os EUA estão envolvidos. Passou em Israel para reafirmar o compromisso com o maior aliado dos EUA no Oriente Médio.

Em Berlim, Paris, e Londres, Obama trabalhou na reconstrução da imagem e da aliança dos EUA com a Europa. A aliança transatlântica foi uma das bases da ordem internacional pós-1945.

Ao invadir o Iraque sem a autorização da ONU, Bush tirou a legitimidade dos EUA como líder de uma ordem internacional baseada no direito, o que é muito importante para os europeus, depois de duas guerras mundiais que destronaram a Europa como centro do mundo.

O então primeiro-ministro britânico Tony Blair, que havia se aliado incondicionalmente aos EUA na luta contra o terrorismo já em 11 de setembro de 2001, pagou com sua própria carreira política pela lealdade à chamada relação especial.

Essa relação sempre tinha sido especial para o Reino Unido, como potência mundial declinante, e nem tanto para a ex-colônia que se tornou o país mais poderoso do planeta. Os atentados de 11/9 mostraram que os EUA tinham um aliado confiável do outro lado do Atlântico Norte. Mas a opinião pública nunca aceitou uma guerra ilegal e ilegítima.

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