segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Submissão da mulher dificulta combate à aids

A negação, os mitos, a complacência, a falta de vontade política e a submissão da mulher são obstáculos importantes no combate à síndrome de deficiência imunológica adquirida (aids) e ao vírus da imunodefiência humana (HIV, do inglês), que a causa, adverte o professor Lars Kallings, enviado especial das Nações Unidas para o combate à doença, presidente, fundador e ex-secretário-geral da Sociedade Internacional da Aids.

Como não há cura nem perspectiva de desenvolver uma vacina para um vírus de alta mutabilidade, o combate à aids se faz pela prevenção e os fatores acima mencionados dificultam esse trabalho.

"A confiança na ciência moderna é tão grande que as pessoas não querem pensar que talvez não seja possível encontrar uma solução médica simples para erradicar o vírus", adverte o professor Kallings na edição de março do Journal of Internal Medicine.

"Em conseqüência, não tem sido dada atenção suficiente aos aspectos econômicos e sociais da aids e do HIV, à luta contra a discriminação - fatores vitais para responder a esta epidemia."

O professor entende que "o dinheiro não é o maior problema porque o custo do tratamento caiu drasticamente nos últimos anos. No entanto, em 2010, serão necessários US$ 42 bilhões para oferecer acesso universal à prevenção, ao tratamento e ao fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde.

"Mas mesmo que esta quantia esteja disponível, os recursos nem sempre atingem quem precisa porque os governantes de muitos países estão mais interessados em fortalecer seu próprio poder e acumular fortunas do que no bem-estar de seus povos."

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