domingo, 27 de janeiro de 2008

Terroristas planejavam vários ataques na Europa

Os 10 extremistas muçulmanos presos na semana passada em Barcelona planejavam realizar atentados terroristas suicidas combinados, no estilo da rede Al Caeda, na Espanha, Alemanha, França, Portugal e Reino Unido, afirmou o jornal espanhol El País citando um informante infiltrado no grupo.

"Se atacarmos o metrô [de Barcelona], os serviços de emergência não conseguirão chegar lá", disse um terrorista suicida citado pelo informante. "Nosso alvo preferencial é o transporte público."

Na semana passada, o ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, revelou que o ataque contra o metrô de Barcelona seria realizado entre 18 e 20 de novembro, mas ressalvou que a informação se baseava em uma única fonte, o agente infiltrado.

A célula terrorista desmantelada tinha seis homens-bomba, dois especialistas em explosivos e dois ideólogos, declarou na semana passada o procurador-geral da Espanha, Cándido Conde-Pumpido. Nove são paquistaneses e o outro é um indiano muçulmano.

Dois grupos de terroristas iriam para estações de metrô diferentes. As bombas seriam escondidas em mochilas pelos suicidas e detonadas por controle remoto por outros integrantes dos grupos.

Outros dois grupos de terroristas suicidas atacariam outra cidade espanhola. Pelo menos um homem-bomba foi designado para se explodir na Alemanha, três na França e um em Portugal. Não foram mencionadas cidades e datas para esses atentados.

Al Caeda assumiria a responsabilidade pelo atentado contra Barcelona através de Baitullah Mehsud, um comandante dos talebã paquistaneses apontado pelo governo do Paquistão como mandante do assassinato da líder oposicionista Benazir Bhutto.

"Só a liderança da organização sabe que exigências o emir fará depois do primeiro ataque", advertiu o líder da célula terrorista. "Se elas não forem aceita, haverá um segundo ataque e um terceiro. E depois, na Alemanha, na França, no Reino Unido e em Portugal. Há muita gente preparada a postos nestes países."

Desde os atentados de 11 de março de 2004 contra o sistema de transportes de Madri, que mataram 191 pessoas e feriram outras 1,8 mil, a polícia espanhola prendeu mais de 300 fundamentalistas muçulmanos suspeitos de terrorismo.

Os atentados, às vésperas das eleições legislativas, provocaram a derrota do governo conservador do primeiro-ministro José María Aznar, que os atribui ao grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade).

As próximas eleições serão realizadas em 9 de março.

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