sábado, 8 de dezembro de 2007

Luta interna impede japoneses de ir à guerra

Com a Dieta (Parlamento) dividida, "será difícil mandar a Marinha do Japão de volta para o Oceano Índice colaborar nas operações antiterroristas de combate aos tráficos de armas e de drogas”, observou o professor Yukio Okamoto, assessor do governo Fukuda, ao falar quarta-feira, 5 de dezembro, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

O Afeganistão produz 93% do ópio do mundo. A droga é trocada por armas no Nordeste da África. Uma frota internacional patrulha o Índico, e o Japão usava seus navios de reabastecimento para levar combustível e suprimentos para essa frota.

Para o Japão, foi uma iniciativa histórica, uma medida ousada de Koizumi. Mas o PDJ de Ichiro Osawa declarou que era inconstitucional. A autorização expirou e, sem uma nova lei, o Japão não pode voltar lá.

“Estive no Afeganistão. Nunca tinha visto um país tão pobre na Ásia. Sob o regime dos Talebã, as meninas não iam à aula. Agora, estão felizes de ir à escola. Mas a escola não tem mesas, nem cadeiras, nem quadro-negro”, constatou o professor japonês.

“Temos de ajudar esse país pobre, colaborando no combate à insurgência e ao terrorismo. O Japão tem a obrigação de contribuir.”

Há um ano, havia forças especiais japonesas no Iraque. Foi uma decisão política controvertida de Koizumi, que se propôs a tirar o Japão da crise tornando-o um país normal. O envio de forças terrestres ao Iraque foi a primeira operação de combate do Exército do Japão depois de 1945.

“A Ásia está mudando rapidamente. O Japão era a única potência; agora, temos a China e a Índia. É preciso passar de um pseudojogo de soma zero para um jogo em que todos ganhem”, propõe.

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