sábado, 1 de dezembro de 2007

Ingrid Betancourt: magra e sem esperança

Um vídeo e uma carta escrita para a família são as provas de que a ex-senadora e candidata à Presidência da Colômbia em 2002 ainda está viva, cinco anos depois de ter sido seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), principal grupo guerrilheiro em atividade no país.

O vídeo e a carta, apreendidos ontem pelo Exército numa operação contra as FARC, aumentam a pressão sobre o presidente colombiano, Álvaro Uribe, que há nove dias suspendeu a mediação para libertar os reféns realizada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

"Estou mal fisicamente", diz Ingrid Betancourt em carta para a mãe. "Não voltei a comer, o apetite está bloqueado e meu cabelo cai em grandes quantidades."

"Este é um momento muito duro para mim. Pedem provas de minha sobrevivência à queima-roupa e aqui estou te escrevendo com a alma estendida sobre este papel", continua a mais célebre refém da guerrilha colombiana, indicando que o relato é recente.

"Não tenho vontade de fazer nada porque aqui nesta selva a única resposta a tudo é não... Qualquer coisa é um milagre, até te ouvir pela manhã porque o rádio que tenho está muito velho e danificado. Quero te pedir, mamãezinha linda, que digas às crianças que quero que me mandem três mensagens semanais (...) o que acontece com eles...é a única informação vital, trascendental, imprescindível; o resto já não me importa".

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