sábado, 8 de dezembro de 2007

ElBaradei quer enriquecimento multinacional de urânio para evitar proliferação de armas atômicas


Para que os países possam desenvolver tecnologia para fins pacíficos sem que seus vizinhos suspeitam que estão fazendo a bomba atômica, o diretor-geral da Agência Internacional, Mohamed El Baradei, propôs o compartilhamento do processo de enriquecimento de urânio. Assim, cada país dominaria apenas uma parte do processo.

O diretor da AIEA, Prêmio Nobel da Paz junto com sua agência, órgão das Nações Unidas, discursou na sexta-feira, 7 de dezembro, no Rio, no seminário Energia Nuclear Como Alternativa Sustentável? Um diálogo Europa-America Latina, promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Nos comentários finais, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, reafirmou a intenção brasileira de "dominar o ciclo completo do urânio". Há grande resistência internacional porque é uma tecnologia de uso duplo.

Para evitar que os países não-nucleares façam a bomba, nos termos do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), há uma série de salvaguardas que incluem inspeções de surpresa de suas instalações atômica pela AIEA.

O Brasil não assinou o protocolo adicional ao TNP, e algumas autoridades o consideram intrusivo demais, a ponto de violar a soberania nacional.

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